Pensar em FRONTEIRA é convocar um conceito a um tempo aporético e físico. Num primeiro balanço é eventualmente impossível não pensar na Geografia. Não obstante, o vocábulo é de tal forma polivalente e adjetivável que se abeira, muito para além de uma qualquer disciplina, do cosmos, da materialidade, da ética, da identidade, do corpo, do invisível e, até, da noção de absoluto.

O prisma semântico que FRONTEIRA comporta tem sido adotado pelos mais variados lugares de pensamento: da Geografia ao Direito, da Política à Medicina, da Religião à Cultura, do Local ao Global, …

Partindo do ponto de vista central da LITERATURA MEDIEVAL, a multiplicidade de abordagens também não é menor, tal como não são inferiores as perspetivas de observação e interseção. É pois deste ponto de vista poliédrico que pretendemos desafiá-la/o a participar no encontro deste ano da SP-AHLM.

Cientes do tratamento mono ou plurifacetado que FRONTEIRA permite e interpela, vimos propor alguns eixos considerados prioritários no encontro que se divulga:

O colóquio terá lugar em Almeida, vila fronteiriça localizada numa região culturalmente muito interessante, pelos castelos e aldeias históricas que congrega. A organização está a cargo do Instituto de Estudos de Literatura e Tradição (IELT), da FCSH-NOVA; do seu polo na Universidade Aberta e conta com o apoio do Solar São João – Casa Memória, Almeida (Risoturismo).